terça-feira, 27 de outubro de 2009

ELE, ELA E O ANOITECER



Ele ficou parado, olhando os pássaros que seguiam para o norte, enquanto ela caminhava para o leste sem se dar conta para onde ia. Ela sentia o seu interior queimar, nem chorava, nem sorria, apenas deixava aquele calor invadi-la.

Depois de algum tempo o sol se pôs, e o crepúsculo detinha toda a luz, e a retinha pouco a pouco.

As primeiras estrelas apareciam aos poucos, como crianças tímidas e calmas.

E ela continuava andando em direção a uma estrela especifica, enquanto ele aguardava os pássaros que não voltariam mais.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Sonho de uma noite de primavera"



Foi maravilhoso ver este espetáculo de poesia, talento e muita emoção.
Obrigada a todos que embarcaram neste sonho inesperado e brilhante.

sábado, 24 de outubro de 2009

"Paixão"



Ouvindo Nathália Timberg, nem recitando, nem declamando, mais revelando vários poemas, senti um ardor invadir minha alma ao ouvir o mais famoso poema de Luiz Vaz de Camões. Por mais que eu já tivesse ouvido este poema, foi como se fosse a primeira vez.E o verso que me emocionou foi:


"(Amar) É ter com quem nos mata lealdade."


Em homenagem à noite maravilhosa que tive ontem, ás minhas professoras Teresinha e Elaine, aos meus colegas Josemar e Fernanda e à divertida e animada turma do 4º período, eis o poema inteiro:


Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AUTO-IMAGEM NEBLINADA




Desvirtuada da realidade

Vivo de sonhos característicos
Das donzelas do século XVIII
Em contra-ponto o tempo presente

Fico entorpecida entre
A razão que eu "não" tenho
E o coração que me norteia

Ás vezes peco, erro, me quebro
Por muito sentir
Por pouco ou muito falar
Por revelar através dos olhos

A alma que me revira as entranhas
Com o único intuito: o de aflorar
Toda sutiliza que lhe é pertinente

Sinto aquilo que Drummund sentiu
Como a "voz" do "anjo torto" que diz:
“Vai Débora, vai ser gauche na vida”.
Como se me clamasse a ser única
Não melhor, nem pior: única simplesmente

Intempestiva, plácida
Paciente, exaltada
Fagulha, incêndio
Enchente, garoa

(...)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Estou amando essa brincadeira

אני אוהבת אותך יותר משאני אוהבת את עצמי אני מאחל לך עם כוח עצום אני רץ נגד הזמן כדי להגיע לך אהבה שלי גורמת לי לקחת סיכונים כמה אני אוהבת אותך, אני רוצה, אני מקווה. מאת דבורה

Versos em Herbraico

כן אני כל כך מושלמת אני אל  ביותר אליך לפחות אני מקווה בשבילך זמן עכשיו ואני מקווה קצת יותר כך שאם אתה רוצה

domingo, 18 de outubro de 2009

A minha poesia hoje está na saudade
Na saudade de uma vida feliz

O tempo que ás vezes é preenchido
Por sonhos inteiramente inacabados
Sendo assim, sonhos eternos

Os homens perdem a capacidade
De vislumbrar a vida
Cada vez que sufocam um sonho

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Karol...18 anos!


Karolline

Minha expressão forte de amor.
Eu a amo mais!Amo demais, amo muito.
Minha pequena flor, a mais perfeita que já vi.
Eu a amo porque amo, minha pequena princesa.
Ela, eu vi se formar no ventre de minha mãe, acompanhei seu crescimento, seus primeiros passos foram dados apoiados em minhas mãos.
Há que pense,  alguma vez que existe pouca ligação, mais para além da semelhança física existe um amor quase sobrenatural.
Eu estou aqui Karolline, e sempre estarei.Sempre que você precisar eu vou estar ao seu "lado", para te dar a mão novamente,  afinal nós compartilhamos o mesmo sangue, a mesma casa, os mesmos princípios e o mesmo amor.Minha irmanzinha,  eu te amo muito.
Parabéns

Me faltam palavras
Minha Professora Janayna B.C. Casotti me pediu que eu escrevesse um poema para nosso sarau. Este poema deveria ter como tema Carlos Drumummd de Andrade ou mesmo sua obra.Depois de pensar um pouco, consegui escrever um poema que dialoga com "As sem razões do amor". Para todos aqueles que apreciam este poeta e em agradecimento a Janayna que me deu esta oportunidade, aí está "O amor não tem razão" por mim: Débora Lyrio.



O AMOR NÃO TEM RAZÃO

 Ah Drumummd!
E o amor lá tem explicação?
Eu também amo porque amo
E amo sem ser amante
Amo em estado de plena graça
Sem dever ou pagar nada

O amor não tem explicação
Nem de ser nem de existir
Ele fogo a toda racionalidade
E sem compreender
Só nos resta o amor sentir

Eu sei Carlos
Que não amo o bastante a mim
Desmembrada de um amor próprio
Refém à beira da estrada
Espera o seu resgate
Que uma hora há de vir

Amor forte, designado
Transcende a vida e a morte
E deixa em nós o seu legado:
De amor se quer viver

Débora Lyrio

As sem razões do amor



Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.


Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.


Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)

A cada instante de amor.





Carlos Drummond de Andrade