Eu por muitos anos fui uma pessoa que ia à igreja quase
todos os dias. Não admitia nem para mim e nem para ou outros quase nenhuma
outra concepção de pensamento religioso, apenas aqueles que continham mais
afinidades com o meu pensamento.
Entretanto eu cresci em todos os sentidos, inclusive religiosamente.
Aprendi que independente da “farda” religiosa que as pessoas carregam, “elas
tem a lei escrita já em seus corações”, e isto eu aprendi ouvindo de um padre
amigo meu, cabe a estas pessoas seguir ou não.E nesta corrente filosófica
continuei a caminhar, acreditando na minha igreja, renovando a minha fé, mas
não deixando de pensar que outros tinham tanto ou mais do que eu, esta luz
também acesa dentro de si. Conheci e interagi com pessoas de diversas outras
religiões e deixei formar em minha ingênua alma “ícones” religiosos. Pessoas
que de tão aparentemente equilibradas, solícitas com os outros, aparentemente boas
de coração, capazes de, se não puder ajudar também não atrapalham, que se
mostravam compenetradas e comprometidas com os dois mandamentos que resumem
toda a lei: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “Amar o próximo como a ti
mesmo” e com suas próprias doutrinas.
Em momento algum, deixei de crer na verdade da minha religião,
vi, erros graves, de pessoas baluartes dela, e achei que como é muito grande,
houvesse mais do que em outras. Mesmo sem me aprofundar, ou participar de
outras,há muito venho observando, conhecendo pouco a pouco e, sobretudo
respeitando todas as outras. Contudo, em minhas observações aos poucos fui
vendo que não é tão diferente assim da minha não. Elas tem, sua luz natural,
sua treva natural, e aquele toque que só o ser humano sabe dar: eu sei, eu
conheço, eu propago, mas no momento crucial, quando eu tenho que escolher, eu opto por fazer de conta que não sei, por
dar valor à “uma força maior”, uma lei, uma regra,sem olhar o contexto, sem olhar se talvez eu sendo
obrigado a seguir em frente, não deixe para trás o irmão.Quem sabe não é mais é
mais simples do que se pensa? Você vai
fazer tudo o que precisa fazer sem prejudicar nem a sua postura pessoal, nem o
nome da religião que você vive e nem prejudicar o irmão.
Com tudo, neste texto quero dizer, não levante a bandeira de
uma religião, qualquer que seja ela, se você não tem a capacidade de
sustenta-la. Resolva-se com Deus, pois erros, falhas e pecados, todos nós
temos, mas talvez seja menos grave quando é só entre você e Deus. Não mostre à
uma comunidade aquilo que você somente tenta ser, pois além de você demonstrar que
é uma pessoa sem jogo de cintura para
aplicar suas convicções religiosas em todos os âmbitos de sua vida, você também
estará jogando por terra a crença de
outro que se espelham em sua suposta contemplação do Bem Supremo.
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