terça-feira, 19 de agosto de 2014

Lábios que me levaram aos teus





Outro dia, assim, como quem nada procura
Encontrei uma outra boca igual a tua
Perdida por uma terra do “além”
Não foi aquela boca que desejei
Lembrei-me foi da tua, disfarçada, austera
Silenciosa, discreta e deliciosamente “imbejável”

Teus lábios estão também perdidos
Numa imensidão de rostos
Assim, sem beijar ninguém

Na ânsia dos beijos esperados
Entre as madrugadas solitárias
Ficamos nós:
Inegavelmente reféns
Presos entre o desejo e o medo
De nos perdemos
Um nos lábios do outro
 
Pois bem, tu ainda não viste minhas estrelas
Nem eu ainda pisei teu chão
Ficamos por aí soltos
Na escuridão dos beijos desencontrados




terça-feira, 12 de agosto de 2014

Chuva de estrelas!
Disseram-me que nesta noite acontecerá uma "chuva de estrelas". Há um ditado antigo que diz que quando a gente vê uma estrela cadente, deve fazer um pedido, então: 

Hoje ficarei olhando para e céu e farei os meus pedidos. E os farei com tanta Fé quanto for capaz. Pedirei entre tantos outros tão importantes que a gente se veja, que a gente se fale, que a gente se abrace, como nunca nos abraçamos antes. Pedirei ainda que a gente se olho, que a gente se entenda e que daí para frente fale mais alto o que a gente sente! E lembrando-se de Olavo Bilac, pedirei, rezarei e recitarei:

Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas
Olavo Bilac

Enfim, faça você também o seu pedido!



sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O que eu amo ver...

Amo ver os teus olhos castanhos. Amo ver quando teus olhos,castanhos, me olham disfarçadamente, e quando te surpreendo com o meu olhar amo ver como escapam teus olhos dos meus.
É uma delícia, quer como teus olhos são atentos, como expressam alguma dúvida ou alguma certeza. 
E quando os teus olhos brilham para mim, é como se fossem duas estrelas, é como se eu mergulhasse no universo só meu. São sim, teu olhos, castanhos e misteriosos, que fazem minha alma entrar em ebulição! Sinto-me esplendorosa quando em teus olhos, vejo o reflexo do amor dos meu olhos!