sexta-feira, 23 de novembro de 2012


Início dos anos 80. Domingo à tarde. A praça da matriz de São Silvano estava repleta de crianças que brincavam alegremente. Elas corriam de uma ponta a outra da praça, sem se importarem se iam cair ou se machucar, apenas brincavam de correr.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGzMv8uM-72bRqzG-TnxoSk9JtiqipBhvPFnFH5Qqc0D3QU6acE20QFfVA2vTtw5pyxD0QBGK-Jd3qxqvGCpKy3oap1cEtQ3NWoKyfScsWhMaYpcaeAvsQjrARZuFtjgsds97rIM9UL6M/s1600/menina+olhando+o+c%C3%A9u.jpg    Catarina assim como as outras crianças corria, tanto que seus cabelos negros, longos e anelados mais pareciam ter vida própria. Apesar de seus nove anos ela tinha uma personalidade como poucos. Naquela tenra idade já conhecia sobre filmes, histórias, novelas, e claro, livros, muitos livros. O sonho da menina era fazer balé, era conhecer a Europa e saber tudo sobre estrelas. Ah,  as estrelas, como eram fascinantes para Catarina, e quando havia eclipse, chuva de meteoros ou qualquer um destes eventos extraordinários   no céu, ela se agitava e queria ficar acordada até mais tarde mais uma vez. Sempre tentava convencer suas primas a ficar no terraço até mais tarde um pouco. Entretanto, quando conseguia ou ficava muito tarde ou uma nuvem enorme chegava e fechava o tempo, com isso a paixão só aumentava. Restava então ficar, quando ia para a roça na casa de seus avós, ficar deitada no terreiro, principalmente em noite de Lua cheia.
     Henrique vinha na direção contrária, corria como se lhe fosse criar asas e alçar vôo. A boca chegava a ficar aberta para sentir a brisa e os olhos cerrados para aumentar a sensação de liberdade. Cada passo parecia-lhe ser dado em câmera lenta.Henrique era absolutamente sinestésico.Gostava de  sentir, cheirar, olhar, pegar na mão e ouvir detalhadamente as coisas, mesmo que estas não produzissem nenhum som audível.Sua sensibilidade permitia-lhe sentir uma mesma coisa com vários sentidos ao mesmo tempo, toda esta sinestesia algumas vezes ultrapassa até o que era material.
    O sonho de Henrique limitava-se a ser advogado como o pai, nada mais era preciso. Desde pequeno buscava ser justo e detestava implicâncias e “maldades” infantis na sala de aula, embora algumas vezes ria das piadas implicantes, mesmo porque ele também era uma criança.
Enquanto corriam; Catarina preocupada com os cabelos que lhe tapavam os olhos e Henrique despreocupado por sentir a brisa, os dois desconhecidos se trombam.A choque entre os dois foi tão forte quanto inesperada, de forma que um agarrou-se ao outro e acabaram rolando por  um pequeno montinho de terra coberto de grama até a outra fase do praça.
- Ai, ai – reclamava Catarina
- Poxa vida, esta doeu mesmo - exclamou Henrique – Não olha por onde você corre?
- Meus cabelos estavam na frente dos meus olhos. E você não olha não? – retrucou ela meio nervosa.
Henrique olhou para baixo, respirou fundo e singelamente desculpou-se:
- A culpa foi minha...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

100 razão?

Há tanta coisa que eu queria dizer
Que acho que já nem faria sentido
Penso, examino percorro cada passo
Cada palavra dita, cada olhar ou sorriso esboçado
Mas absolutamente nada contempla a razão
Nada explica este sentimento
Tão compenetrado
E tão baseado em quase nada

É tudo e é nada...
É cheio e é vazio
É compreensível e revoltante

AMOR?
Mas a que?A quem?
Objeto da minha própria confusão?
Amo e odeio também a mim mesma
Divido-me em duas, três...
Com opiniões divergentes entre eu mesma!
Porém escolho sempre amar mais no final...
Embora nunca a mim mesma.


domingo, 28 de outubro de 2012

Todo o meu zelo tem sido em prol de não invadir o território alheio, em não impor minhas impressões e principalmente não impor as impressões alheias sobre aqueles que estão reservados em minha vida.Não adianta, ninguém vai me convencer de que eu tenho que deixar de confiar primeiro em quem está ao meu lado. Eu me ponho sim de incansavelmente à disposição daqueles que eu amo.No sentido de ouvir primeira a palavras deles, uma vez que não tenho direito à respostas pessoais e a respostas que eu não pedi.Digo sempre que eu prefiro me calar e deixar que que me mostrem quem são, pois cada um mostra a face que quer,a quem quer, é humano você mostrar a face que mais lhe convir. E eu não tenho o direito de me mostrar que eu vejo além do que me querem mostrar.Prefiro dar tempo para que me mostrem, que se revelem a mim a alma, os anseios, os defeitos e todas as qualidades." 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Há tempos, pessoas e lugares que marcam a gente como brasa
Que ficam inerentes à alma como se sempre lá estivessem
Como se de lá fôssemos formados, como se fô
ssemos da mesma mesma matéria."

sábado, 8 de setembro de 2012



E quando não se encontra a saída?
Quando seus desejos são condensados
E uma faísca é capaz de colocar tudo a perder?
Há de se ter força imensurável
Um caráter forte
Persistência é um dom
Mas até onde vale a pena exercitá-lo?
Qual é o motivo que te leva para frente?
O que é mais forte ?
O que chama tua alma pelo nome e a faz despertar?
Um sonho?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Liberdade de expressão.





Escrevi isto por cauasa de um amigo que foi criticado ao postar isto no Facebook:





O texto acima é apenas um crítica irônica, que é perfeitamente saudável para um país que se diz democrático e com liberdade de expressão.É bom que existam críticas assim, pois os eleitores tem como ver todos os lados de uma situação para formarem sua própria opinião.Caso "críticas" como estas comecem a ser censuradas corremos o risco de ter um AI-6, 7 ...8. E aí? Além do mais o bom político deve aproveitar esta "crítica" e resolver a situação e não esconde-la debaixo do pano.Os eleitores tem o direito de criticar mesmo, de reclamar mesmo, de até ir às ruas e tirar quem eles colocarm no governo, se este for o caso.Se o governo não é dos piores, ótimo!O Brasil cresceu com semestes plantadas em conjunto de uns 20 anos pra cá! Mas também não é dos melhores, falta muito ainda para fazer e estas "críticas" bem humoradas ajudam a ir para frente. Questionar é bom! Sobretudo em política. A não ser que queiramos ser um povo com viseiras e arreios, que só saiba acenar a cabeça. Um povo que não saiba se posicionar politicamente corre o risco de se encontrar excluso da democracia, bem precioso! A falta de respeito ocorre quando vemos ainda criaças fora da escola,jovem afundados nas drogas, pessoas morrendo de fome, um país que dá suma importãncia à coisas banais e esquecem que a educação é que transforma, afermenta e revoluciona um país. VIVA À LIBERDADE DE EXPRESSÃO, VIVA À DEMOCRACIA E VIVA AO FACEBOOK! KKKK

domingo, 26 de agosto de 2012

Na minha imensa falta de palavras para descrever aquilo tudo que que se passa dentro de mim, eu me lembrei da minha formação literária. Nela aprendi que a literatura tem uma força chamada Mimesis.E esta força consiste em a Literatura ser a representação do real ou como diz Roland Barthes: sempre tem o real por objeto do desejo (BARTHES,s.d., p. 23).E deste princípio faço valer quase todos os meus versos; os que escrevi e os que são de outros autores, com os quais me identifico e coloque no face ou no blog.


"Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar...."
Florbela Espanca
"Meu contorno por vezes, é muito certinho.
Tenta ser ajeitado, correto
Meus pensamentos já me preenchem demais
Até se embolam

Eu procuro alguém que me transborde
Que acabe por tirar o excesso
Que me acalme e me dê uma segurança
Nem que seja para me dizer:
Vai ficar tudo bem!

Que me faça explodir
E ver que há mais mundo lá fora
Que me agarre firme
E afirme que estamos juntos

Pode vir devagar
Conquistando o espaço
De abraço em abraço
De beijo em beijo
Passo a passo."

sábado, 25 de agosto de 2012

"Às vezes o coração precisa falar
Falar sobre coisas inexprimíveis
Coisas que só a nossa história
Só nos nossos olhos sabem

Se convém falar? Eu não sei
Se querem ouvir? Também não sei
Se vai fazer diferença? Quem sabe.

Talvez só precise falar, externar
Como diz o povo:
Colocar para fora
Aquilo que te cala, que te sufoca"
  

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Do que se precisa para ter uma vida plena?
Por toda a eternidade Fernando Pessoa ecoará com a inesquecível "verdade":
"Tudo vale a pena, se a alma não é pequena".
Se existe algo que não pode ser pequeno neste universo, isto é a alma.
Alma pequena? Não, não pode!
Nela tem que ter espaço, a alma deve ser semelhante ao universo.
Sim, porque dizem os cientistas que o universo se expande e não tem limites.
E a alma deve ter?Penso que não!
As minhas "loucas" analogias fazem-me pensar que os problemas são semelhantes à morte das estrelas, que depois de mortas, acabam por gerar outras novas estrelas.
Inspiremo-nos na expanção e na renovação do universo.

Não me lembro se já postei, mas vai assim mesmo!


De quanta dor mais precisaremos para ultrapassar
A linha tênue para a felicidade?
É fato! A linha existe!
Como encontra-la?
Não é como Greenwich, que é imaginária
Mas os homes a fizeram visível...
Esta é surreal!
Falha, subjetiva e pessoal.
Na oscilação de emoções
Setimos tudo mareado

Como num barco
Sem muita explicação lógica
Sem definição concreta
É tudo abstrato

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

"Amores Colatinenses 1° ato"


      

           Início dos anos 80. Domingo à tarde. A praça da matriz de São Silvano estava repleta de crianças que brincavam alegremente. Elas corriam de uma ponta a outra da praça, sem se importarem se iam cair ou se machucar, apenas brincavam de correr.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGzMv8uM-72bRqzG-TnxoSk9JtiqipBhvPFnFH5Qqc0D3QU6acE20QFfVA2vTtw5pyxD0QBGK-Jd3qxqvGCpKy3oap1cEtQ3NWoKyfScsWhMaYpcaeAvsQjrARZuFtjgsds97rIM9UL6M/s1600/menina+olhando+o+c%C3%A9u.jpg                 Catarina assim como as outras crianças corria, tanto que seus cabelos negros, longos e anelados mais pareciam ter vida própria. Apesar de seus nove anos ela tinha uma personalidade como poucos. Naquela tenra idade já conhecia sobre filmes, histórias, novelas, e claro, livros, muitos livros. O sonho da menina era fazer balé, era conhecer a Europa e saber tudo sobre estrelas. Ah,  as estrelas, como eram fascinantes para Catarina, e quando havia eclipse, chuva de meteoros ou qualquer um destes eventos extraordinários   no céu, ela se agitava e queria ficar acordada até mais tarde mais uma vez. Sempre tentava convencer suas primas a ficar no terraço até mais tarde um pouco. Entretanto, quando conseguia ou ficava muito tarde ou uma nuvem enorme chegava e fechava o tempo, com isso a paixão só aumentava. Restava então ficar, quando ia para a roça na casa de seus avós, ficar deitada no terreiro, principalmente em noite de Lua cheia.
     Henrique vinha na direção contrária, corria como se lhe fosse criar asas e alçar vôo. A boca chegava a ficar aberta para sentir a brisa e os olhos cerrados para aumentar a sensação de liberdade. Cada passo parecia-lhe ser dado em câmera lenta.Henrique era absolutamente sinestésico.Gostava de  sentir, cheirar, olhar, pegar na mão e ouvir detalhadamente as coisas, mesmo que estas não produzissem nenhum som audível.Sua sensibilidade permitia-lhe sentir uma mesma coisa com vários sentidos ao mesmo tempo, toda esta sinestesia algumas vezes ultrapassa até o que era material.
    O sonho de Henrique limitava-se a ser advogado como o pai, nada mais era preciso. Desde pequeno buscava ser justo e detestava implicâncias e “maldades” infantis na sala de aula, embora algumas vezes ria das piadas implicantes, mesmo porque ele também era uma criança.
Enquanto corriam; Catarina preocupada com os cabelos que lhe tapavam os olhos e Henrique despreocupado por sentir a brisa, os dois desconhecidos se trombam.A choque entre os dois foi tão forte quanto inesperada, de forma que um agarrou-se ao outro e acabaram rolando por  um pequeno montinho de terra coberto de grama até a outra fase do praça.

                                                                 CONTINUA... 
                                                                         By Débora Lyrio

Vem aí...

"Amores Colatinenses"

domingo, 12 de agosto de 2012

FELIZ DIA DOS PAIS

Hoje voltei no tempo. Lembrei-me do dia no qual fui a um restaurante com meu pai quando ainda era muito criança.O pedido foi bife à parmegiana no restaurante São José, se não me engano,um que ficava em frente de onde hoje é o Bradesco, na esquina.Foi a primeira vez, que me lembro, de ter ido a um restaurante.
E que bom que você está sempre conduzindo, sempre acompanhando, sempre mostrando caminhos novos.Obrigada PAI por você existir. EU TE AMO.

sábado, 11 de agosto de 2012

Uma saudade  encheu meu peito
Não sei dizer saudade de que
Ou de quem
Alterno minhas dúvidas
Entre fotografias
Ou poemas

Acho que é falta
De que fala a alma
A multidão que cerca
E mesmo assim
Algumas vezes só

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ontem

Ontem eu te vi
Não consegui deixar de notar
Estavas muito bonito
O meu amor só aumenta
Junto com a distância
Queria acreditar
Que um dia estaremos juntinho
Como eu sempre sonhei
Porque parece-me
Que sempre te amei
Você estava lá
Junto comigo, quando nasci
Mesmo antes de te conhecer
Olho para trás
E te vejo lá
O tempo todo
A vida toda
Eu sabia que você era real
Que existia
Só não me preparei para não estar com você
Tem horas que eu queria acreditar
Que mesmo que fosse em outra vida
Eu estaria contigo
Seria só esperar
Mas não dá
Tem algo na minha alma
Que a liga com a tua
Que se comunica, que entende...
Pena que a recíproca não é real
Sei que os meus olhos brilham
Quando estou contigo
Que meu rosto transparece uma felicidade anormal
De todos os meus sonhos
Os contigo são mais bonitos
São mais felizes
São mais... sonhos

terça-feira, 31 de julho de 2012

Abouth weself


Quer saber quem eu sou?
Quer me julgar?
Quer dizer milhares de palavras sobre meus erros?
Então vem...
Vem andar pelo mesmo caminho que eu fiz
Vem pisar nas mesmas pedras que eu
Vem conferir cada sonho que tive
E o tanto que me esforcei para realizá-los
Alguns deram certo, outros nem tanto
Mas mesmo assim venha
Compartilhar cada lágrima sentida
Cada gargalhada exalada
Não?!
Será que todos têm coragem de colocar
Tão fortemente a cara para bater?
Talvez não devessem mesmo
A vida não é fácil para ninguém
Cada um sabe onde lhe ferem o coração
Onde se é mais frágil, mais delicado
Entretanto não somos os outros
Ninguém mais está na nossa pele
Só nós
E somente Deus sabe o que se passa na alma
Nos pensamentos, no coração
Quando se tem ao menos um bom caráter
Já é um meio caminho.

  By Débora Lyrio

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Isenção


                                                                              Isenção
Eu aqui quase sem importância
E você aí, só, querendo ficar só
Em pensamento me derreto
E você sem sentimento, sem acerto

Concentrado no alto da colina, você fala
Eu recalca em silêncio, do meu corpo exala
Um desejo profundo, abstrato, estéril
Tão intenso que esmoreço

De repente você vira, um copo cai
Você olha em volta e eu não mais
Se alguém te olha, você se espanta
Só o meu olhar te isenta
Então me abraça forte 
E diz que nuca vai partir!
    
     Por Débora Pacheco Lyrio 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Uma conversa sobre amor

                             Uma conversa de amor

Após muitos anos de uma amizade meio 
 "obscura", um homem e uma mulher se reencontraram num restaurante de um hotel e decidiram jantar juntos. Tês taças de vinho depois a  timidez acumulada de ambos havia se  retirado delicadamente e  então ele disse:

- Você sempre me amou não é?
 
Ela, entre risos e com a face ainda mais
 corada respondeu:

- Sim, eu sempre te amei...amo muito os meus amigos.


- Você sabe do que eu estou falando, não
 se faça de desentendida.- replicou ele.

- A tá, então você acreditou no povo que te dizia isto?- ela indagou.


- Não era para acreditar?


- Depende, eu só acredito naquilo que sinto.Você sente?

- Sinto o que? 

- Se eu te amo?

Com um brilho nos olhos e um ar de quem sufoca a verdade, ele respondeu:

- Não penso sobre isto, eu e você, é impossível!

- Impossível é Deus pecar! Entretanto concordo que seria inviável, inútil, obsoleto.

- Eu sou obsoleto ? - questionou ele.

- Ai não, lamúrias não combinam contigo - ela exclamou.

E ele riu docemente, com seu ar tímido e ao mesmo tempo sagaz ainda na dúvida sobre a resposta dela e sobre os sentimentos dele.

- Afinal, me amas ou não? - perguntou ele.

- Que diferença isto faria agora? 

- Não sei, talvez faça diferença para o futuro !

-Existe um futuro para nós? 

E eles fizeram silêncio!


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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sou esganada por bons livros.

Acabei de ler “As esganadas”, mais recente livro de Jô Soares, de quem apesar de algumas controvérsias sou fã desde os oito anos de idade.O livro se impõe por uma linguagem rebuscada, trabalhando bem a construção dos personagens e suas relações  fictícias com fatos históricos e personagens reais  Jô Soares prende a atenção do leitor  narrando uma história que cativa  pela originalidade ou por bizarras descrições. O  livro nos faz viajar pelo universo português, local, fatos e personagens históricos, culinária (embora não nos dê muito gosto quando as receitas são citadas). E nos apresenta o Brasil no Estado Novo, sendo sem importuno  ver uma faceta brasileira tão pouco apresentada.
Entretanto o que mais me sustentou no livro foi o tema abordado.Em tom de sátira, de mistério ou de denúncia social vi neste romance a face de mulheres obesas que são muitas vezes discriminadas pela sociedade.É perfeitamente perceptível, na reportagem da personagem Diana para a revista na qual trabalha, quando esta denuncia o preconceito.E não é apenas por ver o preconceito na sociedade que eu me identifiquei com o livro,é também por senti-lo.(E olha que estou apenas , sem eufemismo, acima do peso)
Por todos estes aspectos eu gostei muito de ler mais este livro, e recomendo a todos que quiserem “navegar” pelos caminhos sinestésicos de uma boa leitura.
                                                                                                      Débora Lyrio 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sobre Amizade!

Não chamamos os amigos de amigos à toa.
Os amigos de verdade, mesmo que sem querer, compartilham as alegrias, as tristezas e todas a emoções inerentes à vida.Escorrem-me lágrimas dos olhos e vem sorrisos quando sinto forte em meu peito este fascinante sentimento chamado AMIZADE.É mais forte e mais duradouro que o tal amor, aliás, AMIZADE também é amor.Acho que é uma mistura de AMOR com IRMANDADE.
Falo isto sobre todos os meus amigos que são amigos de verdade.Mas principalmente para a Cris, que foi a minha primeira amiga de verdade e que está trazendo Isadora ao mundo.Emocionei-me só com a notícia de que Isadora nasce amanhã.Compartilhando assim mais uma vez uma felicidade.
Parabéns Amiga, que Deus te dê um bom parto amanhã, e que a Isadora venha cheia de saúde.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Efeito

Porque você me deixa assim
Sem chão, sem céu, sem razão
Não basta colocar meu coração em teu bolso
E sair sorrateiramente?
Ah, parece que não...
Ainda tens que levar um pouquinho de lucidez que me sobra
Basta de loucura na vida, quero sanidade!
Embora acho que esta não nos pertença
De tudo fica sempre a certeza de que eu quero tudo e mais um pouco
Mas Deus...está é a minha loucura de viver!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sobre você e eu



Uma dor me invade
É a tua presença fazendo alarde
Penso em chorar mas
Ensaio mil sorrisos para você
 Cada lembrança, cada pensamento
Tem sentido ambíguo para mim
Ora sou feliz, ora sou triste
Esforço-me para entender
Meus contrastes
Seus contrastes
Completa-nos
Duas almas emboladas
Realmente eu queria que você
Fosse você, sem hipocrisia
Sem medo de ser feliz
O “você” que eu sei que existe
Ora perfeito, ora triste

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Meros mortais

Achei estes versos no meu caderno do 1º período da Faculdade, data de 26 de junho de 2009.

" Mais vale os logros da subjetividade do que as imposturas da objetividade.Mais vale o imaginário do sujeito do que sua sensura" Rolland Barthes (1978)

Sou mortal...
Sim, sou feita de osso e carne!
Recheada de sangue e coberta de pele.
A "encarnação" é um sentido único
Dotado de assujeitamentos e domimando-nos
Forçando-nos a sermos ...carnais
Não só no sentido sexual
Mas também no sentido do sangue
Que transporta substãncias químicas
E por elas são liberados os sentimentos
Sentimentos que ora tranbordam por nossos olhas
Ora secam nossas bocas
Sim, somos mortais
Todos estas sensações acabam um dia
E as minhas, espero que acabem na primavera
E que eu repouse feliz
Que tenha cumprido meu destino
Vivido todos os meus amores
E absorvido todas as minhas paixões!


Por Débora Lyrio.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Analogias...

Do que se precisa para ter uma vida plena?
Por toda a eternidade Fernando Pessoa ecoará com a inesquecível "verdade":
 “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena".
Se existe algo que não pode ser pequeno neste universo, isto é a alma.
Alma pequena? Não, não pode!
Nela tem que ter espaço, a alma deve ser semelhante ao universo.
Sim, porque dizem os cientistas que o universo se expande e não tem limites.
E a alma deve ter?Penso que não!
As minhas "loucas" analogias fazem-me pensar que os problemas são semelhantes à morte das estrelas, que depois de mortas, acabam por gerar outras novas estrelas.
Inspiremo-nos na expansão e na renovação do universo.