quinta-feira, 3 de julho de 2008

Muralhas...



Às vezes penso que os homens que amei
são muralhas, porém feitas de água. Foram três, e todos perfeitamente parecidos e completamente diferentes: O primeiro parecia uma muralha intransponível e ainda por cima cercada de um material muito rijo,às vezes esta muralha parecia inclinar-se para mim e outras vezes se me arrasava como um tsumani.Hoje porém é um lago esquecido no meio de uma floresta tropical
sem que ninguém o olhe, às vezes eu o vejo,mais já não me causa impressão alguma.
    O segundo homem que eu amei também era uma muralha de água, plácida, transparente de movimentos grandiosos e belos
de um espírito inquieto e inquietante
que às vezes trazia consigo uma dor e um amor sem igual... Hoje ainda embeleza a minha vida, nas lembranças, nos sonhos
e na imaginação do que poderia ter sido...
    O  terceiro e uma muralha de água cercada de mistérios para mim às vezes chegam a tocá-la e um pouco dela se debruça sobre mim o que me trás uma felicidade imensa
de outras vezes fica distante
mas me cerca, me envolve e me eleva. Os nossos encontros também são apenas ilusões, perdidos no
meio de um universo paralelo
onde se deve calar, sufocar e
simplesmente olhar. Para esta só me resta sorrir e pensar
se, algum dia vou desvendar este mistério...
Não sei, mas quero. Sobretudo sempre me lembrar o tanto que eu amei, que o  espero nos sonhos, onde tudo e possível.
Perdê-lo  para mim é me perder num corredor sem saída
embora seja preciso as minhas ultimas duas muralhas
quero dedicar os melhores sentimentos da minha juventude.

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