quarta-feira, 21 de outubro de 2009

AUTO-IMAGEM NEBLINADA




Desvirtuada da realidade

Vivo de sonhos característicos
Das donzelas do século XVIII
Em contra-ponto o tempo presente

Fico entorpecida entre
A razão que eu "não" tenho
E o coração que me norteia

Ás vezes peco, erro, me quebro
Por muito sentir
Por pouco ou muito falar
Por revelar através dos olhos

A alma que me revira as entranhas
Com o único intuito: o de aflorar
Toda sutiliza que lhe é pertinente

Sinto aquilo que Drummund sentiu
Como a "voz" do "anjo torto" que diz:
“Vai Débora, vai ser gauche na vida”.
Como se me clamasse a ser única
Não melhor, nem pior: única simplesmente

Intempestiva, plácida
Paciente, exaltada
Fagulha, incêndio
Enchente, garoa

(...)

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